Vícios de linguagem são as expressões ou construções que deturpam a norma padrão/norma culta da língua. Costumam ocorrer por descuido ou desconhecimento das regras por parte do emissor.

 

Entre os vícios de linguagem estão o barbarismo, o gerundismo, o vulgarismo, o solecismo, o neologismo, o plebeísmo, a cacofonia e o pleonasmo, entre outros.

 

Os vícios de linguagem mais comuns são o pleonasmo, o estrangeirismo e o barbarismo. Saiba mais sobre esses e outros vícios nas linhas abaixo:

 

BARBARISMO – Ocorre na pronúncia, na fonética e na semântica. Veja alguns exemplos:

Barbarismo prosódico é um erro quanto à pronúncia. Exemplo: “Ele solicitou a ‘rúbrica’ em todas as páginas” (o correto seria ‘rubrica’).

O barbarismo morfológico ocorre quando há um erro na flexão. Exemplo: “Quando eu ‘pôr’ o vestido” (o correto seria ‘puser’).

O barbarismo semântico acontece quando há um erro quanto à significação. Exemplo: “Eu sofri no ‘tráfico’ intenso. (o correto seria ‘tráfego’).

Estrangeirismo é quando substituem uma palavra em português por outra numa língua estrangeira, por exemplo: “Farei um ‘upgrade’ no meu ‘Mac’ imediatamente”.

 

AMBIGUIDADE – ocorre quando há duplicidade de sentido num enunciado, prejudicando a compreensão pelo ouvinte. É também chamado de anfibologia. Exemplo: “Roberto estava com Maria falando de sua mãe” (a mãe de quem?).

 

GERUNDISMO – consiste no uso excessivo e totalmente desnecessário do gerúndio. Exemplos: “Vou estar pesquisando o seu caso”, “Vou estar analisando a sua proposta”.

 

PLEONASMO VICIOSO OU REDUNDÂNCIA – também conhecido como tautologia, acontece no momento em que o falante repete desnecessariamente uma informação na frase. Exemplo: “Eu vi com esses olhos”, “Maria desceu para baixo”.

 

CACOFONIA – conhecido também como cacófato, esse tipo de vício consiste no encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem um som desagradável ou engraçados. Constituem exemplos de cacofonia:

A colisão é quando ocorre a repetição de fonemas parecidos ou mesmo idênticos no início da cada palavra. Exemplo: “O rato roeu a roupa do rei de roma”.

O eco ocorre no momento em que uma sucessão de palavras com terminação igual. Exemplo: “Faremos a transição durante a recepção sem pressão”.

O hiato é a aproximação de vogais idênticas. Exemplo: “Ou eu ou ele ou nenhum de nós”.

A paraquema ocorre quando constrói-se frases usando palavras com sílabas idênticas. Exemplo: “Teto torto”, “Uma mala”.

 

ARCAÍSMO – trata-se do uso de palavras, expressões ou maneiras de dizer que deixaram de ser usadas pelo português contemporâneo. Exemplo: “Vosmecê esqueceu o óculos em cima da mesa” (‘vosmecê’ ao invés de ‘você’).

 

VULGARISMO – trata-se do uso linguístico popular em contraposição às normas cultas da língua portuguesa. Pode ser fonético, morfológico e sintático.

O vulgarismo fonético ocorre quando a pronúncia não é fiel à original. Exemplo: “Vamos comê esse caldo todinho” (‘comê’ ao invés de ‘comer’).

O vulgarismo morfológico e sintático ocorre quando o erro está na construção e escrita das palavras. Exemplo: “Os menino chegaram mais cedo hoje” (‘os menino’ ao invés de ‘os meninos’).

 

SOLECISMO – Trata-se de um erro de sintaxe. Ele pode ser de concordância, de regência ou de colocação.

Exemplo de solecismo de concordância: “Sobrou muitas vagas” (‘sobrou’ ao invés de ‘sobraram’).

Exemplo de solecismo de regência: “Hoje assistiremos o filme” (‘o filme’ ao invés de ‘ao filme’).

Exemplo de solecismo de colocação: “Me empresta o carro?” (‘me empresta’ ao invés de ‘empresta-me’).

 

PLEBEÍSMO – é o uso de locuções ou expressões populares, incluindo gíria. Exemplo: “Os funcionários que faltaram por causa do “toró” precisaram suar para “tirar o atraso” (‘toró’ ao invés de tempestade e ‘tirar o atraso’ ao invés de colocar o trabalho em dia).

 

Fontes: Wikipédia, InfoEscola, Só Português, Mundo Educação, Enciclopédia Brasileira.

 

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