Buda, não é propriamente um nome, mas um título. O homem conhecido como Buda era um príncipe chamado Sidarta Gautama. Percorra as linhas a seguir e descubra alguns fatos curiosos sobre a vida, os mitos e as ideias do Buda. Alguns são muito interessantes.

 

O Buda nasceu numa era chamada por alguns estudioso de “era axial”, o período entre os séculos VIII e II antes de Cristo, quando o ser humano “passou a prestar atenção em si mesmo”. Ele foi contemporâneo de Sócrates, na Grécia, Zoroastro, na Pérsia, Mahavira, na Índia, e Confúcio e Lao-Tsé, na China.

 

Ao contrário do que muitos pensam, Buda não é um nome próprio. Trata-se de um título que denota um estado do ser. Significa “O Iluminado” e/ou “O Desperto”.

 

Buda nasceu no principado indiano de Kapilavastu, na Cordilheira do Himalaia, no quinto século antes de Cristo. Kapilavastu significa “Morada de Kapila”. Kapila fundou o Sankhyan, um sistema filosófico que exerceu grande influência sobre o budismo e o ioga clássico.

 

Seu nome original é Sidarta Gautama. Era filho do rajá de Kapilavastu, o que torna evidente que nasceu príncipe. Seu pai era também líder do clã dos sakyas, vindo daí o outo nome pelo qual o Buda mais tarde se tornaria conhecido: Sakyamuni, ou “o sábio silencioso dos sakyas”.

 

É difícil distinguir o que é verdade ou mito na vida de Buda, mas segundo a tradição, temendo que uma profecia segundo a qual ele se tornaria um homem santo se tornasse realidade, o seu pai resolveu cercá-lo de luxo e prazeres. Afastá-lo do sofrimento do mundo significaria afastá-lo do caminho espiritual.

 

Sidarta não vivia em apenas um palácio, mas em vários. Vivia com frequência cercado de belas moças e aposentos decorados com sugestivas artes eróticas. Casou-se aos 16 anos e teve uma filha chamada Rahula (o casamento foi arranjado pelo seu pai).

 

Apesar de tudo, Sidarta não era feliz. Ele raramente saia dos seus palácios e tinha uma vida limitada. Numa ocasião, saiu para passear longe dos olhos do seu pai e ficou chocado com o que encontrou. Foram cenas que mudariam para sempre a sua vida: um idoso movendo-se com dificuldade, um doente que sofria de dores horríveis e um cortejo fúnebre. Elas levaram Sidarta a tomar consciência de que tudo o que nasce se degenera e morre.

 

A visão de um mendigo que esmolava por comida também foi essencial para a sua mudança de vida. Embora miserável, ele expressava uma profunda serenidade. Suas feições eram radiantes e seu porte ereto, como muitos homens ainda hoje vistos como santos por algumas religiões do subcontinente indiano (diga-se hinduísmo, jainismo e budismo).

 

Os povos da Índia acreditam desde tempos imemoriais que somente quando se abandona os laços afetivos e a vida doméstica para se tornar andarilho é que se alcança a elevação espiritual. Só assim o homem consegue se livrar dos intermináveis ciclos de morte e renascimento, renascimento e morte. O desapego das coisas materiais e dos laços íntimos é um costume comum até mesmo nos tempos atuais. Foi justamente o que Sidarta Gautama resolveu fazer depois que teve aquelas quatro visões.

 

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