O papa João Paulo II visitou o Brasil em diversas ocasiões, sendo recebido com festa durante a primeira passagem. Ele foi um dos pontífices mais populares da história. Percorra as linhas a seguir e descubra alguns fatos pitorescos e curiosidades sobre sua vida, seu pontificado e sua importância para a história.

 

O nome verdadeiro do papa falecido João Paulo II era Karol Józef Wojtyla.

 

Karol Wojtyla nasceu na cidade polonesa de Wadowice, em 1920, e morreu na Cidade do Vaticano, em 2005. Wadowice fica na região de Cracóvia.

 

Antes de ser ordenado padre, Karol foi ator de teatro e jogador de futebol. Também trabalhou numa indústria química e numa mina.

 

Praticou durante muito tempo montanhismo, remo e esqui. O esqui era o seu esporte predileto.

 

Além de ser o primeiro papa polonês, Karol foi o primeiro de um país comunista. Na época de sua nomeação, a Polônia vivia sob um regime de esquerda e integrava a antiga Cortina de Ferro, uma organização internacional que agregava os países comunistas do leste europeu.

 

Ao escolher o nome de João Paulo II, o novo papa Karol Wojtyla foi o primeiro papa a escolher o mesmo nome de seus dois antecessores: Paulo VI e João Paulo I.

 

Karol foi eleito papa depois de um dos mais rápidos papados da história da Igreja Católica Apostólica Romana. Seu antecessor, João Paulo I, ocupou o trono de São Pedro por somente um mês.

 

João Paulo II foi o primeiro papa a rezar em uma mesquita.

 

Seu pontificado durou 27 anos, sendo um dos mais longos da história. Consta que os únicos papas que tiveram pontificado mais duradouros foram Pio IX (31 anos) e São Pedro (34 anos).

 

Além do polonês e italiano, João Paulo II sabia falar fluentemente inglês, espanhol, francês, português, alemão, russo, ucraniano, grego e latim. Chegou a fazer pronunciamentos em quase 90 línguas.

 

João Paulo II foi um dos líderes que mais viajou na história, visitando cerca de 130 países e mais de mil cidades. Contados em dias, foi como se tivesse ficado fora do Vaticano durante dois anos e três meses.

 

Escreveu 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas, 46 cartas apostólicas.

 

Beatificou 1340 pessoas e canonizou mais de 450 santos, uma quantidade maior que todos os seus predecessores nos cinco séculos passados.

 

Se encontrou com 17,5 milhões de pessoas em 1164 audiências semanais. Durante o seu papado, mais de mil chefes de Estado e de Governo passaram pelo Vaticano.

 

Consta que João Paulo II realizou três exorcismos durante o seu pontificado.

 

João Paulo II não foi apenas o único pontífice a receber um tiro na rua, foi o primeiro que deu entrada em um hospital público.

 

Foi o primeiro papa a receber uma delegação da Igreja Ortodoxa no Vaticano desde o cisma de 1054.

 

João Paulo II tinha o hábito de se confessar toda Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro.

 

Ficou-se sabendo recentemente que João Paulo II tinha o hábito de praticar autoflagelação e que o pontífice mantinha um cinto guardada no armário exatamente para isso. Vez ou outra, ele também dormia no chão com o argumento de que precisava praticar o ascetismo.

 

João Paulo II é considerado um dos papas mais influentes da história. E não é por menos. O pontífice teve papel decisivo na derrocada do comunismo no leste europeu e na democratização de seu país natal, a Polônia. Outro feito de João Paulo II a ser considerado pelos historiadores foi a maior abertura ao diálogo inter-religioso durante o seu pontificado.

 

Ao todo, João Paulo II realizou quatro visitas ao Brasil. A primeira visita ocorreu em 1979 e a última, em 1997.

 

A recente beatificação de João Paulo II foi um evento sem precedentes, uma vez que nos últimos mil anos da história da Igreja Católica nenhum papa beatificou seu antecessor.

 

A beatificação de João Paulo II ocorreu no Vaticano em maio de 2011 numa cerimônia comandada por Bento XVI diante de uma multidão de um milhão de pessoas, poloneses na maioria.

 

Um dado curioso sobre a beatificação: foi a primeira cerimônia do tipo na história transmitida ao vivo pelo YouTube.

 

Como nem tudo são flores, choveram críticas contra João Paulo II. Setores mais progressistas da Igreja e grupos seculares acusaram o papa de ser por demais conservador, principalmente nos assuntos da própria Igreja. João Paulo II foi contra o fim do celibato, uso do preservativo contra as doenças sexualmente transmissíveis, e a ordenação das mulheres, além de forte oponente do movimento gay.

 

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