A meditação conquistou o Ocidente nas últimas décadas. Mas qual a origem dessa técnica de relaxamento mental? Quais as suas vantagens? E como ela pode auxiliar no bem-estar de uma pessoa? Descubra as respostas nas linhas a seguir.

 

A palavra “meditar” tem origem no latim “mederi”, cujo significado é “tratar, dar atenção médica a”.

 

Meditar é uma palavra com diversos significados no Ocidente. É comumente usada para definir o pensamento focalizado num determinado tema, mas também como referência para a “prática de focar a mente em um objeto ou ato”, “ato de esvaziar e mente (deixar sem pensamentos) e “modo de se conectar ao divino”.

 

Não existe apenas um, mas diversos modos de praticar a meditação. Pode ser praticada com a pessoa deitada, sentada (muitas vezes na posição de lótus) e até mesmo andando.

 

A meditação é praticada há 2.500 anos pelos budistas. Acredita-se, no entanto, que ela seja mais antiga, pois já era comum antes do nascimento de Sidarta Gautama, o Buda.

 

A prática da meditação começou a se popularizar no Ocidente durante os anos 1960, época dos Beatles e do movimento da contracultura.

 

Existem diversos tipos de meditação: transcendental, zazen, raja yoga, Kriya yoga, hare krishna… A meditação transcendental é, de acordo com a Wikipédia, “uma técnica introduzida em 1958 por Maharishi Mahesh Yogi que envolve o uso mental de sons específicos chamados mantras, que se crê terem propriedades psicoativas”.

 

A meditação do tipo “mindfulness” (que pode ser entendida como “atenção plena”), possui algumas diferenças em relação à meditação tradicional. Enquanto a tradicional foca na respiração e leva a pessoa a não pensar em nada, a “mindfulness” coloca a atenção no que ela está sentindo naquele momento. Ao invés do transcendental, ela busca vivenciar o momento presente.

 

Acredita-se que a meditação seja mais repousante do que o sono. Isso acontece porque uma pessoa em estado de meditação consome seis vezes menos oxigênio do que quando está dormindo. Isso ajuda a melhorar a concentração e a diminuir a produção de hormônios relacionados à ansiedade e ao stress.

 

Um estudo científico realizado pela universidade Carnegie Mellon, no Estados Unidos, revelou que, além de diminuir o stress, a meditação pode reduzir o risco de doenças inflamatórias do intestino.

 

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, também nos Estados Unidos, descobriu que meditar é (acredite se quiser!) mais relaxante do que tirar férias. Para chegar a essa conclusão, eles submeterem dois grupos de mulheres a uma experiência bastante incomum. O primeiro tirou sete dias de férias numa praia e o segundo, a mesma quantidade de dias praticando meditação. A resposta das mulheres que meditaram foi surpreendente: a sensação de bem-estar foi mais duradoura, como se elas tivessem tirado férias 10 vezes mais extensas.

 

Pesquisas demonstram que quem medita em torno de 25 minutos por dia consegue um alívio maior na rotina. A sensação de stress e a tensão diária diminuem, proporcionando sensação de bem-estar para o corpo.

 

A meditação é também uma excelente aliada contra a degeneração do cérebro. Ou seja, ela pode ajudar a prevenir doenças como o mal de Alzheimer. Estudos realizados por cientistas norte-americanos comprovou que pessoas que meditam há anos têm menos propensão a desenvolver a doença.

 

Por falar em cérebro, você sabia que a meditação torna as pessoas mais criativas? Pelo menos foi o que constatou uma experiência feita na Universidade de Leiden, na Holanda. Segundo ela, as pessoas que praticam meditação não só conseguem solucionar problemas com maior rapidez, como obtém mais facilidade em resolver questões que exigem ideias novas.

 

Mais um benefício da meditação: ela é uma ótima aliada na luta contra a enxaqueca. Foi o que demonstrou um estudo feito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Pessoas com enxaqueca crônica foram estimuladas a praticar ioga e meditação com frequência e… Bem, elas continuaram com enxaqueca! A diferença foi que as crises diminuíram de intensidade e duração, o que ajudou bastante no tratamento tradicional.

 

Outra vantagem da meditação: ela pode reduzir a dor em pacientes com outros tipos de doenças, inclusive o câncer. Isso foi constatado através de uma experiência da Universidade de Massachussetts, no estado norte-americano de mesmo nome. Ela monitorou 14 mil pessoas e descobriu que aquelas que faziam da meditação uma prática assídua reclamavam menos de dor. Algumas chegaram a abandonar os analgésicos.

 

Outra vantagem: a meditação é uma excelente aliada no combate à insônia. Pesquisas da Universidade da Califórnia separaram dois grupos de pessoas, sendo que um deles meditava com frequência. Ao invés de tirar a tradicional soneca da tarde, ele começou a meditar com frequência. E conforme o esperado, o resultado mostrou que esse grupo dormia melhor à noite.

 

Mais outra: meditar regularmente pode diminuir a depressão. É o que dizem as pesquisas feitas pela Universidade Cambridge. Elas mostraram que pessoas que praticam meditação reduziram em 50% as recaídas de depressão crônica.

 

Outra: meditar pode fortalecer o sistema imunológico. Uma investigação feita pela Universidade de Wisconsin mostrou que quem pratica meditação diariamente tem uma melhor resposta imunológica a doenças. Mas…

 

Os críticos das terapias alternativas alertam: meditar não combate doenças sozinha. A boa saúde seria resultado da união entre medicina tradicional (visita ao médico, uso de remédios e em alguns casos cirurgia) e cuidados pessoais (prática de exercícios, alimentação saudável e, claro, meditação).

 

Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Super Interessante, Planeta, Veja.

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