Os Manuscritos do Mar morto são um conjunto de textos e fragmentos de textos encontrados no Oriente Médio, na divisa entre Israel e a Jordânia. Estavam escondidos em vasos dispostos em cavernas. Percorras as linhas adiante e veja algumas informações interessantes e curiosidades sobre esses enigmáticos documentos.

 

Os Manuscritos, Rolos ou Pergaminhos do Mar Morto foram provavelmente feitos com pele de cabra e/ou ovelhas, amarrados com couro e envoltos em panos de linho ou couro. Foram escondidos em vasos com 50 centímetros de altura dispostos em diversas cavernas às margens do Mar Morto.

 

Os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos em uma série de 11 cavernas no sítio arqueológico de Qumran, no deserto da Judeia, entre os anos de 1947 e 1956.

 

As cavernas onde os pergaminhos estavam escondidos foram descobertas por um pastor de ovelhas, que procurava um animal que tinha se desgarrado do rebanho. Ao avistar a primeira caverna, cuja entrada era bastante estreita, ele jogou uma pedra e ouviu o barulho de um vaso se quebrando. Ele avisou o primo, que também era pastor, e combinaram de voltar no dia seguinte para explorar melhor o lugar.

 

O que os pastores descobriram foram vasos esguios e tampados. Alguns estavam vazios, mas outros continham pergaminhos muito antigos, grande parte em fragmentos.

 

Os primeiros pergaminhos descobertos continham o Livro de Isaías, o Comentário de Habacuc e o Manuel de Disciplina dos Essênios, uma seita judaica que existiu mais ou menos na época de Jesus. Acredita-se que tenham sido os próprios essênios que esconderam os pergaminhos, provavelmente para protege-los de um ataque romano.

 

Assim que a notícia da veracidade dos pergaminhos se espalhou, beduínos e moradores locais vasculharam todas as 267 cavernas da região em busca de novas descobertas. Ao todo, foram descobertos cerca de 90 manuscritos em mais 10 cavernas.

 

A caverna mais surpreendente era a 4, onde foram encontrados quase 600 manuscritos. Detalhe: eles estavam em pedaços. Montar aqueles 15 mil fragmentos exigiria tempo, paciência e dinheiro dos arqueólogos.

 

Análises feitas por cientistas comprovaram que os primeiros manuscritos eram originais e datavam mais ou menos do ano 100 antes de Cristo. Eram, portanto, muito mais antigos do que o mais antigo texto judaico existente, um código de rabinos do ano 200 depois de Cristo.

 

Acredita-se que os pergaminhos tenham sido escritos entre os anos de 100 antes de Cristo e 70 depois de Cristo, embora existam ainda controvérsias sobre a idade deles.

 

A maior parte está escrita em hebraico, mas existem trechos em aramaico e em grego. Quase todo Antigo Testamento bíblico está presente nos pergaminhos.

 

A tradução começou em 1951, quando o governo da Jordânia montou a primeira equipe de tradutores. O resultado foi desastroso: apenas um dos sete tradutores apresentou os resultados do trabalho. Todos com muitos erros.

 

Os textos dos Manuscritos não são exatamente iguais aos da Bíblia que você possui em casa. Existem trechos diferentes, o que comprova a existência de diferentes interpretações dos livros da Bíblica já nos tempos de Jesus.

 

Com base nesses pergaminhos, um estudioso judeu da Universidade Hebraica de Jerusalém lançou a tese de que mais ou menos na época do nascimento de Jesus, falecera um suposto messias chamado Mehahem, O Essênio. Menahem teria liderado uma revolta contra os romanos, mas foi provavelmente morto por estes, que proibiram que seu corpo fosse enterrado.

 

Outra teoria bastante curiosa dá conta de que Jesus não apenas conhecia os preceitos essênios como era um deles.

 

Uma parceria entre o Museu de Israel disponibilizou cinco dos Manuscritos na internet, entre os quais o Livro de Isaías. Buscas podem ser realizadas neles, mas… o problema é que a tradução está em inglês.

 

Fontes: Wikipédia, Superinteressante, Hyperscience, G1.

 

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