Um dos eventos mais comentados durante o ano de 1981 foi o casamento do príncipe Charles, da Grã-Bretanha, com a namorada Diana Spencer, conhecida na época como Lady Di.

 

Outro acontecimento que deu muito o que falar foi a tentativa de assassinato do papa João Paulo II, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O pontífice foi alvejado por um militante fascista turco chamado Mehmet Ali Agca.

 

O terceiro acontecimento mais falado foi o atentado contra o então presidente norte-americano Ronald Reagan, em Washington. Embora atingido no pulmão, o recém-empossado presidente (fazia pouco mais de três meses que ele tinha assumido o cargo), sobreviveu aos tiros.

 

O quarto foi o atentado terrorista que matou a tiros o presidente egípcio Anwar Sadat, durante uma parada militar na cidade do Cairo. Sadat foi alvo do grupo Jihad Islâmica, que se opunha ao recém-assinado acordo de paz entre Egito e Israel.

 

No Brasil, falou-se bastante do atentado do Riocentro, no Rio de Janeiro. Era para a bomba explodir durante um show em comemoração ao Dia do Trabalho, que reunia milhares de pessoas no local. Ela explodiu dentro do carro onde estavam dois integrantes da extrema direita, que era totalmente contra a Lei de Anistia e abertura política iniciados no governo do ex-presidente Ernesto Geisel.

 

Outro evento comentado à exaustão entre os brasileiros foi o incêndio no edifício Grande Avenida, na avenida Paulista, em São Paulo. O fogo consumiu todos os andares da construção, matando 17 pessoas e ferindo outras 54. A tragédia só não foi maior porque ocorreu num feriado prolongado e havia poucas pessoas no local.

 

As modelos Monique Evans, Xuxa Meneghel, Roberta Close e Luiza Brunet eram as mais famosas e badaladas da época. Luiza Brunet chegou a ser diversas vezes capa da revista semanal Manchete. Devemos lembrar que durante toda a década de 80, ela foi a principal garota propaganda da marca de jeans Dijon.

 

Das personalidades mais citadas nesse ano, vale lembrar do campeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, da cantora Rita Lee, da modelo e atriz Brooke Shields (que participou de dois filmes de grande sucesso naquele início de década: A Lagoa Azul e Amor Sem Fim), do ator Tony Ramos, do cantor Almir Rogério e do também cantor Guilherme Arantes.

 

Entre as novelas exibidas em 1981 podemos citar Baila Comigo, Jogo da Vida, Terras do Sem-Fim, Brilhante, O Amor é Nosso e Ciranda de Pedra – 1ª versão. Com Tony Ramos interpretando gêmeos separados no berço, Baila Comigo foi a produção de maior audiência.

 

A TV Bandeirantes levou ao ar uma das novelas de maior audiência da sua história: Os Imigrantes. Com mais de 300 capítulos, ela foi uma das produções mais longas da teledramaturgia brasileira. Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa, que anos depois fez Pantanal para a Rede Manchete e Terra Nostra para a Globo. Em seguida, a Band (como a emissora é chamada atualmente) lançou Rosa Baiana e Os Adolescentes.

 

Um dos maiores sucessos da televisão mundial no início dos anos 80 foi o seriado norte-americano Dallas. Exportado para dezenas de países, ele tinha o ator Larry Hagman como vilão da trama (um lembrete: foi Hagman quem interpretou o Major Nelson na série de humor Jeannie é um Gênio). Dallas exibido nas noites de domingo pela Rede Globo.

 

O maior acontecimento da história da TV ocorrido nesse ano: a inauguração da rede norte-americana MTV, especializada em videoclipes. O primeiro clipe a entrar no ar foi Video Killed the Radio Star, do grupo britânico The Buggles. Com a boa acolhida, a MTV foi exportada para mais de 100 país. A filial brasileira foi inaugurada em 1990.

 

A música de abertura da novela Baila Comigo, exibida no horário das 21h pela Rede Globo, foi uma versão instrumental da canção de mesmo nome de Rita Lee. Uma das cantoras de maior sucesso entre a segunda metade dos anos 70 e primeira dos 80 foi justamente Rita, com Lança-Perfume, Banho de Espuma, Baila Comigo, Desculpe o Auê e outras músicas.

 

Outro cantor que estourou nesse período foi Guilherme Arantes, principalmente após a participação no festival de música MPB Shell. Com o sucesso do MPB-80, a Globo resolveu lançar uma nova versão do festival, dessa vez sob o patrocínio da multinacional do setor de petróleo Shell. A grande vencedora foi a música Purpurina, interpretada por Lucinha Lins. Foi uma das maiores vaias da histórias dos festivais, visto que o público preferia Planeta Água, de Guilherme Arantes.

 

Uma das músicas estrangeiras mais tocadas nas rádios foi Endless Love, interpretada pelos cantores norte-americanos Diana Ross e Lionel Richie. Outra música de grande sucesso foi Bette Davis Eyes, de Kim Carnes. Mas ouvi-se também Perdidos na Selva (de um grupo pop chamado Gang 90 e as Absurdetes, que também participou do MPB-Shell), Clarear (do grupo Roupa Nova, que estouraria com outros hits), Pequenino Cão (Simone) e Fuscão Preto (Almir Rogério).

 

O sucesso de Fuscão Preto transformou o cantor brega Almir Rogério num dos mais conhecidos da música brasileira do começo daquela década. Fuscão Preto chegou a ser adaptada para os cinemas com a então-modelo Xuxa Meneghel num dos papéis principais.

 

Houveram muitos outros modismos além do Fuscão Preto do Almir Rogério: os patins de quatro rodas, os fliperamas, o brinquedo Genius, o robozinho de brinquedo Ar-Tur, a bicleta Monark BMX   e o cubo mágico. Inventado por um húngaro, o cubo mágico virou uma febre mundial entre crianças e adolescentes.

 

Os filmes mais assistidos foram Amor Sem Fim (Endless Love, em inglês), Carruagens de Fogo e Os Caçadores da Arca Perdida. Entre os filmes nacionais, as maiores bilheterias pertenciam a Os Saltimbancos Trapalhões e Os Trapalhões na Guerra dos Planetas. Além de campeão de bilheteria, a produção Pixote – A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, foi um dos filmes brasileiros mais premiados da década.

 

Os livros mais vendidos: O Analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo; Não Verás País Nenhum, de Inácio de Loyola Brandão; A Ira dos Anjos, de Sidney Sheldon; O Crepúsculo do Macho, de Fernando Gabeira; Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar; e Dança Macabra, de Stephen King.

 

Fontes: Wikipédia, Memória Globo, Nosso Tempo, Veja.

 

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