Você sabia que um único doador com morte encefálica é capaz de ajudar mais de 20 pessoas? Sabia também que o Brasil precisa de mais 60 mil doadores para encerrar a fila de transplantes? Veja algumas curiosidades sobre o assunto.

 

Transplante é o ato de colher um órgão, membro, tecido ou células vivas de um doador para um receptor com o objetivo de restaurar uma função perdida.

 

Doação de órgãos é a remoção de órgão de um doador vivo ou morto há pouquíssimo tempo para um receptor.

 

Os órgãos e tecidos mais usados para transplante são: pulmões, pâncreas, rins, fígado, intestino, estômago, medula óssea, ossos, pele, coração e córneas.

 

Caso todos os seus órgãos sejam doados, um único doador com morte encefálica é capaz de ajudar 25 pessoas.

 

O tipo mais comum de transplante é a transfusão de sangue. A transfusão é quando um receptor recebe o sangue de uma pessoa com tipagem sanguínea igual ou compatível com a sua.

 

Os órgãos mais frequentemente doados por doadores vivos são a medula óssea e os rins.

 

O fígado é o único órgão do corpo humano capaz de recuperar até 75% dos seus tecidos. Por isso que é tão comum o transplante de fígado entre vivos (ou, para usar a palavra correta, “intervivos”). Os médicos podem retirar parte do fígado de uma pessoa para doação que ele se regenerará.

 

De quantos órgãos precisaríamos para acabar com a fila de transplantes no Brasil? Anote aí: 63 mil. O lado triste dessa história é que o país só consegue captar pouco mais de mil órgãos ao ano (isso sem contar a córnea que, na verdade, é um tecido).

 

Pessoas com problemas renais e que, por isso, precisam de transplante são as que encontram a fila mais longa. São mais de 31 mil brasileiros esperando por um rim. Em segundo lugar estão os que precisam de córneas. A fila tem cerca de 24 mil pessoas. A terceira maior fila é a do fígado, com seis mil. Uma observação: os dados são de 2003.

 

Se a fila dos rins é maior, as pessoas esperam mais tempo, certo? Errado. A espera é maior para quem precisa de um fígado. Enquanto os pacientes renais aguardam entre 2 a 3 anos, os de fígados tem que esperar 3 anos. Os dados são de 2003.

 

As listas de espera obedecem a dois critérios: ordem cronológica e urgência nos transplantes. Em alguns casos, como o do fígado, é pela gravidade da doença. Pacientes menores de 18 anos também tem prioridade.

 

O primeiro transplante de coração do mundo foi realizado em dezembro de 1967 na Cidade do Cabo pelo médico sul-africano Christian Barnard. O primeiro do Brasil ocorreu apenas seis meses depois, em maio de 1968 pelo cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini.

 

O tempo de retirada do coração, pulmão e pâncreas de uma pessoa com morte encefálica e implantação noutra viva nunca pode ultrapassar quatro horas.

 

Alguns órgãos resistem mais tempo fora do corpo, como é o caso do fígado, que pode resistir por até 24 horas.

 

Se a família quiser doar o órgão de algum parente recém-falecido (isto é, com morte encefálica) e em condições de ser um doador, avise o médico, hospital ou a central de transplantes mais próxima. Os custos são inexistentes.

 

Você sabia que existem pesquisas que objetivam tornar possível a doação de órgão de animais para seres humanos? Já foi, inclusive, criada uma linhagem de porcos que poderiam doar coração e fígado para humanos.

 

Pesquisas feitas nos Estados Unidos e em outros países querem tornar possível, num futuro não muito distante, a doação de membros inteiros como braços e pernas.

 

Alguns pesquisadores acreditam que é possível curar a AIDS através de transplante de células tronco. Eles pelo menos já tem um motivo para crer nessa possibilidade. É o caso de um paciente chamado Timothy Ray Brown, que se curou da Aids depois de submeter a um transplante de células tronco.

 

Você sabia que na China, os prisioneiros condenados à morte são obrigados a doar seus órgãos?

 

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