Você sabia que o poeta Vinícius de Moraes tinha mania de escrever numa banheira? Sabia que Pablo Neruda gostava de escrever com canetas verdes? Conheça nas linhas abaixo as manias e excentricidades de alguns dos maiores autores da literatura universal.

 

Carlos Drummond de Andrade imitava com perfeição a assinatura dos outros. Para poupar-se de mais trabalho, falsificava a assinatura do chefe da repartição pública em que trabalhava. Ele tinha mania de picotar papel e tecido. “Se não fizer isso, saio matando gente pela rua”, dizia.

 

Autor do clássico O Cortiço, o escritor maranhense Aluísio Azevedo tinha o hábito de desenhar e pintar os personagens de seus livros sobre papelão.

 

A Comédia humana, de Honoré de Balzac, possui tantos personagens que o autor precisou fazer uma árvore genealógica. Desenhada nas paredes, ela ocupou três aposentos da casa. Aliás, o autor francês era um verdadeiro viciado em café. Chegava a consumir 50 xícaras por dia, e caso não houvesse café quente por perto, ele mastigava os próprios grãos.

 

O brasileiro Monteiro Lobato gostava de tomar café com farinha de milho, rapadura e – o que ele considerava uma verdadeira iguaria – içá torrado (mais propriamente o traseiro da popular tanajura). Outra mania do criador dos personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo era consertar quase tudo o que via pela frente.

 

Pedro Nava, autor do elogiadíssima Baú de Ossos, cultivava um hábito para lá de estranho: parafusar os móveis de sua casa para que ninguém os tirasse do lugar.

 

O grande escritor francês Victor Hugo, autor de obras como O Corcunda de Notre-Dame e Os Miseráveis, costumava pedir aos criados que escondessem as suas roupas. Desse modo, não tendo o que vestir, podia permanecer em casa e escrever. Aliás, ele costumava escrever em pé e de frente para um espelho.

 

Quem também mantinha o hábito de escrever em pé era o poeta português Fernando Pessoa. Consta também que ele não conseguia ver um lápis sem ponta. Antes de escrever, ele costumava apontá-los. Além disso, Fernando cultivava o gosto pela astrologia. Ele vivia fazendo mapas astrais para amigos, parentes e conhecidos.

 

Alexandre Dumas, pai, era outro que tinha lá suas esquisitices na hora de escrever. Autor de clássicos como Os Três Mosqueteiros, Dumas usava papéis coloridos dependendo do conteúdo do texto.

 

Vinícius de Moraes tinha mania de ler, escrever e fazer composições sentado numa banheira. Para não molhar os papéis, colocava uma tábua sobre as bordas da banheira e sobre ela e trabalhava por horas a fio. O lugar preferido de sua casa era justamente o banheiro.

 

Quem também tinha mania de trabalhar na banheira era a escritora britânica Agatha Christie. Famosa por seus livros sobre crime e mistério – caso de Assassinato no Expresso do Oriente –, ela enchia a banheira com água quente, improvisava um tampo para apoiar a máquina de datilografar e bolava seus textos. Aliás, ela costumava comer maçãs na banheira. Agatha também tinha mania de colecionar macaquinhos de pelúcia.

 

Autor de livros consagrados como A Guerra dos Bichos e 1 984, o britânico George Orwell tinha mania de escrever deitado.

 

O prêmio Nobel chileno Pablo Neruda tinha mania de escrever com caneta de tinta verde. Ele não gostava de usar tinta azul ou preta, e se não houvesse nenhuma verde, deixava os seus poemas inacabados. Por falar em Neruda, você sabia que ele adorava colecionar coisas? Tinha coleções de conchas, navios em miniatura, cachimbos, insetos, máscaras, garrafas…

 

O escritor Guimarães Rosa, de Grande Sertão – Veredas, manteve uma cadernetinha no bolso durante um bom tempo. Consta que na época em que exercia a profissão de médico, costumava anotar frases, expressões e ditos populares, material que mais tarde serviria como matéria-prima para seus livros.

 

Mário de Andrade também tinha as suas manias. O autor de Macunaíma e Pauliceia Desvairada era obcecado por cartas. Mário respondia a todas as cartas que recebia. Detalhe: nos seus pouco mais de 50 anos, ele recebeu 7 mil correspondências.

 

A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas – e dizia que era para circular o ar –, mesmo no rigoroso inverno de Praga.

 

Nada apavorava mais o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen do que a hipótese de ser sepultado vivo. O medo era tamanho que, quando estava gravemente doente, Hans costumava deixar um bilhete na cabeceira da cama avisando que estava “apenas parecendo morto”. Para garantir que não seria enterrado vivo, chegou ao ponto de pedir que lhe cortassem uma artéria antes de sepultá-lo. Andersen é autor de clássicos da literatura infantil como A Pequena Sereia.

 

Fumante inveterado, o escritor norte-americano Truman Capote não gostava de deixar três bitucas de cigarro no cinzeiro. Se estava na casa de alguém, colocava as bitucas nos bolsos para que não somassem mais de três. Dizem que o autor de A Sangue Frio era um obcecado por números.

 

Ernest Hemingway tinha o hábito de contar mentiras e espalhar boatos a respeito de sua própria figura. Numa dessas, espalhou que fora amante da espiã Mata Hari durante a Primeira Guerra Mundial. Noutra, disse que saltara de um avião em pleno voo… sem paraquedas! Hemingway deixou como legado livros como O Sol Também Se Levanta e O Velho e o Mar.

 

Imagem acima: Ernest Hemingway

 

Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Coisas de Gênio, Revista Bula.

 

Share: