O ecstasy é uma droga sintética oriunda da anfetamina, com propriedades estimulantes e alucinóginas. Em virtude dessa capacidade alucinógina,  é também chamada de “droga psicodélica”. Veja algumas coisas que você precisa saber sobre ela.

 

Drogas sintéticas são drogas “fabricadas”, ou seja, não derivadas de produtos naturais. Anfetaminas são drogas estimulantes do sistema nervoso central, que provocam o aumento das capacidades físicas e psíquicas.

 

Uma das drogas psicodélicas mais conhecidas é o LSD, muito utilizada pelo juventude hippie dos anos 1960. O psicodelismo é também frequentemente associado ao rock progressivo.

 

O nome “técnico” do ecstasy é um pouco mais complicado do que o nome usado nas ruas (“E” ou “droga do amor”): 3,4 metilenodioximetanfetina ou MDMA. O MDMA age sobre um neurotransmissor chamado serotonina, provocando sensação de prazer.

 

As drogas à base de MDMA foram provavelmente criadas no início do século XX como substâncias contra hemorragias. Elas nunca foram comercializadas. Permaneceram esquecidas até o início dos anos 1970, quando passaram a ser recomendadas por psicoterapeutas. A alegação era de que, em doses pequenas, levariam os pacientes a falar sem dificuldades sobre os seus problemas.

 

De acordo com os usuários, o ecstasy é capaz de causar uma forte “empatia com os outros”, além de bem-estar, conforto e excitação.

 

Um dos efeitos curiosos do ecstasy é a hipersensibilidade do tato. O toque de outra pessoa tem efeito multiplicado no corpo. É como se toda a pele do usuário se transformasse numa zona erógena super-sensível. Não é sem motivo que muitos jovens se tocam o tempo todo ou se envolvem em grande abraços coletivos durante as raves – festas movidas a música eletrônica.

 

O ecstasy é ingerido por via oral no formato de comprimido – normalmente do tamanho de uma aspirina.

 

Segundo os especialistas, o ecstasy é uma roubada. Ele leva a complicações que vão de amnésias temporárias a desidratação, aumento da temperatura corporal (hipertermia), náusea, tensão muscular e exaustão extrema . A overdose provoca hipertensão e perda de consciência. Ainda não há provas concretas, mas suspeita-se que esse tipo de droga provoque lesões cerebrais.

 

Acredite se quiser, mas boa parte das mortes de usuários de ecstasy é provocada pela elevação anormal da temperatura corporal (lembrando que além de estimulante, a serotononina aumenta a temperatura). Quando o corpo atinge a temperatura de 41 graus, o sangue pode coagular e a pessoa morrer de parada cardíaca.

 

A quantidade de serotonina no cérebro de um usuário é de 50% a 80% a mais do que no cérebro de uma pessoa que não tomou esse tipo de metanfetamina.

 

A fama de estimulante sexual do ecstasy não passa de boato. Tudo indica que a “droga do amor” esteja provocando efeitos contrários, como dificuldade de ereção nos homens e falta de lubrificação natural nas mulheres. Os cientistas suspeitam ainda que, além de dificuldade de ereção, o ecstasy pode impedir ou retardar o orgasmo.

 

As complicações derivadas do ecstasy podem ocorrer em duas ocasiões, dependendo do caso: durante ou depois do uso da droga. Os usuários podem senti-las dias ou mesmo semanas após a sua ingestão.

 

Existe um tipo de MDMA chamada molly, um ecstasy mais cristalino e vendido em pó. Alguns usuários dizem que é uma “forma pura” da substância, o que não é exatamente uma verdade. Ela é uma das drogas mais adulteradas, com a adição de substâncias tão estranhas quanto talco e cal.

 

A molly virou moda no início dos anos 2010, principalmente entre os mais endinheirados. É também muito consumido por pessoas na faixa entre 30 e 40 anos de idade. Uma grama custa em torno de R$ 200 e rende até sete doses.

 

Os efeitos colaterais da molly são idênticos aos do ecstasy. Os usuários são obrigados a encarar a “terça-feira suicida”, quando são atingidos por forte depressão. Casos envolvendo convulsões, aumento da temperatura corporal e coma também levam usuários aos hospitais com a mesma frequência.

 

Fontes: Hospital Albert Einstein, Folha de São Paulo, Glamour, G1, Wikipédia.

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